MORRO VELHO - Encontros

AMIGOS INCRÍVEIS
PARA OUVIR AS CANÇÕES DO MORRO VELHO DESÇA ATÉ AO FINAL DA TELA.
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sábado, 25 de dezembro de 2010
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
NOVIDADES 2011
MAURÍCIO IRA GRAVAR SUAS 10 RECENTES MUSICAS E JA CONVIDA :AILTON ,FRED E FERNANDO MAGRÃO(EX INTEGRANTES DO MORRO VELHO) PARA COMPOR A EQUIPE DE TRABALHO E ENSAIO DAS NOVAS MUSICAS.LOGO APÓS A GRAVAÇÃO SERÁ MARCADO UM SHOW DE LANÇAMENTO.
AGUARDEM!!!
domingo, 19 de dezembro de 2010
Insânia (poema musicado)
Olha eu aqui de volta pra encher o saco com mais uma musiquinha... rsrs
Saudade de todos!
Fred.
Eu criei na minha inspiração
Lapidei teu corpo
com cinzéis.
Fiz-te verdade,
louca imaginação.
Possui tua carne em sonho bom.
Possuíste-me a alma
Enlouqueci
na calma
quando te vi luz e
poesia.
Cegaste-me o olhar
E eu dormi.
Perdi-te ao acordar.
Morri.
Para nunca mais sonhar.
Amar-te-ei!?
Utopia!
Eu...
Eu só...
Só eu.
Frederico Salvo e José Silveira
domingo, 12 de dezembro de 2010
A todos os meus grandes amigos e irmãos do Morro Velho...
domingo, 28 de novembro de 2010
O mistério das vozes...
Amigos deste blog, nos anos 90, quando trabalhava no Palácio das Artes, tive oportunidade de conhecer, ouvir, ver e conversar com este maravilhoso grupo vocal, chamado Mistério das Vozes Búlgaras. A tradição coralista na Bulgária é muito grande, se não me engano, não há, ou não havia, analfabetismo musical. Vejam que maravilha e ouçam a beleza dos microtons...
Boa semana para todos!
Rosa-dos-ventos
Trago hoje uma nova canção feita com um outro parceiro e poeta: Júlio Saraiva de São Paulo.
Abraço a todos.
Espero que curtam.
Extraído do poema "Soneto" de Júlio Saraiva
Música, voz e violão: Frederico Salvo
******************************
imagino teu vulto em valsa
: ave branca a ciscar o sono
na transparência do quimono
a fresca nudez se realça
murcham sapatos no abandono
para os longes foges descalça
deixando-me a chave falsa
parado à porta deste outono
mas o outono a mim não importa
: recuso à natureza morta
que se apresenta em tons cinzentos
e mudo os tons - uso outras tintas
além daquelas com que pintas
os rumos da rosa-dos-ventos
(Soneto de Júlio Saraiva)
terça-feira, 23 de novembro de 2010
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Pátria... É o fundo do meu quintal!
sábado, 13 de novembro de 2010
Desilusão (poema musicado)
Antes de sair para descansar no feriado, resolvi deixar por aqui mais uma canção minha em parceria com o José Silveira que me "soprou" essa melodia interessante.
Grande abraço a todos.
Espero que gostem.
Fred.
Extraído do poema "Desilusão" de Frederico Salvo
Letra: Frederico Salvo
Música: José Silveira
Harmonização, arranjo e voz: Frederico Salvo
*********************

Crua...
Carne crua
Que me dói assim dilacerada
Pelo triturar, pelo desfio
Da desilusão...
Faca amolada.
Nua...
Alma nua
Na moenda posta em desmesura
Mesmo em bagaço, deixa um rio,
Uma corredeira
De doçura.
Rua...
Vasta rua.
Onde vai levar essa estrada?
Esse caminhar: um desvario.
Essa ilusão: um imenso nada.
Nada não.
Um imenso nada...
Vão.
Isso é desilusão.
Um imenso nada...
Vão.
Isso é desilusão.
Um imenso nada...
Vão.
domingo, 7 de novembro de 2010
Um convite aos amigos deste blog...
terça-feira, 2 de novembro de 2010
EM HOMENAGEM AOS SAUDOSOS...
sábado, 23 de outubro de 2010
Tanto faz

Meu amigo José Silveira, parceiro carioca que conheci no site Luso-poemas, não toca nenhum instrumento com desenvoltura. Acho que manda bem uns acordes no piano apenas. Acontece que esse meu camarada constrói melodias incríveis para seus poemas sempre muito bons também. Eu gostaria de trazer hoje um poema dele musicado. Ele mandou para mim a melodia "à capela" e eu tive o privilégio de harmonizar. Espero que curtam.
Ahh... Esse aí de cima é "o cara"... rsrsrs...
Por mim, tanto faz...
Se tua boca se cala,
comigo não fala mais.
Se teu lábio esqueceu
o meu beijo demais.
Se nesta pedra do peito,
é que esconde seus ais.
Ai, ai, ai...
Por mim, tanto faz...
Se teus olhos cerraram
para não me encarar.
se teu rosto perpétuo
dele sei, vais lembrar.
No momento oportuno,
não vou te chamar.
Por mim tanto faz...
Se é inconsequente,
não me querer mais.
Eu não mais me perturbo
tu não sabes que faz.
Estas são as respostas;
adeus, e nunca mais.
Por mim tanto faz...
Não mais vou divagar
o teu nome em vão.
Essa coisa entre nós
já perdeu a razão,
pois mudar o destino...
é total ilusão...
***********************************
Composição Musical
(extraída do poema 'Tanto Faz')
Gênero: MPB, Samba
Título: Tanto Faz
Autoria: Letra/Música: José Silveira
Arranjo/Violão: Frederico Salvo
-conexão Rio-B.H.-
L
sábado, 16 de outubro de 2010
Sorvete de morango
Frederico Salvo e Aylton Azevedo
Frederico Salvo - violão e voz.
Quando tudo parece perdido
e só a noite parece clara,
tudo parece uma guerra fria,
um incêndio sem porta de saída.
Eu abro um livro, descubro um riso,
nem na geladeira eu encontro os amigos...
na minha escura cegueira.
Vago pelas ruas entre postes,
luzes, sombras, versos e manhãs.
Uma voz dispersa, quase incerta
me traz aos ouvidos nova canção.
Mas tudo é frio, tudo vazio.
Eu sinto que por enquanto
parece que a vida vai se derretendo
como um sorvete de morango.
Frederico Salvo e Aylton Azevedo
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Paulinho lançando o seu livro de poemas DIÁRIO DE UM EXILADO
Capadócios,
O nosso amigo Paulo Azevedo (Paulinho) convida a todos para o lançamento do seu livro de poemas O Diário de um Exilado.
O livro retrata as emoções e os sentimentos dos seus últimos tempos.
Anote:
Dia 18 de outubro, às 19 horas, na Câmara Municipal de Belo Horizonte, na Avenida dos Andradas.
E-mail para contato:
domingo, 10 de outubro de 2010
sábado, 9 de outubro de 2010
Tom

Salta aos ouvidos beleza infinita
De indescritível força e que habita
As frases das tuas composições
Sejam elas, sambas, bossas ou canções.
D’onde virá essa trama perfeita
Que em sublime harmonia se deita
E transpassa meu espírito mudo
Por um prazer infinito, absurdo?
Tua música vai de Alfa a Ômega,
Sacia a alma que vaga sôfrega
Numa estrada linda e que não tem mais fim.
Casa onde o amor e a natureza gritam,
Onde sutileza e graça se explicam:
Antônio Carlos Brasileiro Jobim.
Desenho e soneto:
Frederico Salvo
terça-feira, 5 de outubro de 2010
"23/12"... Só o Zé pra cair numa dessas!!!
domingo, 3 de outubro de 2010
O rastilho da pena (poema musicado)
Estou deixando para a semana esse samba-bossa extraído do poema do meu querido amigo e compositor José Silveira. Conheci o Silveira no site de poesia Luso-poemas. Já há algum tempo que vínhamos ensaiando uma parceria, fato que agora realmente se concretizou.
Espero que curtam a música.
Deixo um abraço e desejo um ótimo fim de semana a todos vocês.
Fred.
extraído do poema "Séricos I" de José Silveira
Música: Frederico Salvo
**************
Sempre ardo em febre
possuído por tantas palavras.
Nunca soube ao certo
o que escrevo
apenas assisto
o rastilho da pena
queimando o papel
gravando os versos
com riscos de fogo.
Mas ela veio
e me disse baixinho:
Não acredito que escrevas somente,
Acredito sim; “que pinta palavras
com cores quentes, as rimas febris
nesses versos ardentes...
palavra que cega-me,
mas fica.”
terça-feira, 28 de setembro de 2010
Fred em atividade, novamente... Grata visão!
domingo, 26 de setembro de 2010
Soneto sobre a saudade
Vai hoje meu "Soneto sobre a saudade", interpretado pelo radialista e amigo Odair Leite da Silveira. Odair é um leitor do meu blog e me presenteou com essa magnífica interpretação. Espero que gostem.
Desejo a todos vocês uma ótima semana.
Ahhh... e o encontro? Não vamos parar, não é?
Abraços!
Fred
Música após o soneto: "Onde anda você" de Toquinho e Vinícius de Moraes, na voz de Altemar Dutra.
Quando você se vai a saudade aparece.
Implacável permeia minha existência.
E chego a pensar que é como se ela quisesse,
Por vontade própria, celebrar convivência.
Apressa-se em fazer, do meu peito, morada,
Compondo sorrateira a sua cantiga
Para fazer serenata de madrugada
E dragar, assim, minh’alma combalida.
Mas eu me aprumo e desfiro um golpe certeiro
Bem na fronte da saudade fria e malvada,
Encostando-lhe o sabre sobre a lapela.
E assim, estando em seu minuto derradeiro,
Sorri sabendo que eu não posso fazer nada,
Pois é seu rosto que está no rosto dela.
Frederico Salvo
sábado, 18 de setembro de 2010
Pérolas do ENEM
Algumas frases escritas pelos alunos nas provas realizadas. O que está entre parênteses são os comentários dos professores.
"O sero mano tem uma missão...” (A minha, por exemplo, é ter que ler isso!)
“O Euninho já provocou secas e enchentes calamitosas..." (Levei uns minutos para identificar o El Niño...)
“O problema ainda é maior se tratando da camada Diozanio!" (Eu não sabia que a camada tinha esse nome bonito)
“A situação tende a piorar: o madereiros da Amazônia destroem a Mata Atlântica da região." (E,além de tudo, viajam pra caramba, hein?)
"O que é de interesse coletivo de todos nem sempre interessa a ninguém individualmente." (Entendeu?)
"Não preserve apenas o meio ambiente e sim todo ele." (Faz sentido)
"O grande problema do Rio Amazonas é a pesca dos peixes." (Achei que fosse a pesca dos pássaros.)
"É um problema de muita gravidez." (Com certeza... se seu pai usasse camisinha, não leríamos isso!)
"A AIDS é transmitida pelo mosquito AIDES EGIPSIO." (Sem comentário)
"Já está muito difícil de achar os pandas na Amazônia “(Que pena. Também ursos e elefantes sumiram de lá.)
eza brasileira tem 500 anos e já está quase se acabando" (Foi trazida nas caravelas, certo?)
"O cerumano no mesmo tempo que constrói, também destrói, pois nos temos que nos unir para realizarmos parcerias juntos.” (Não conte comigo)
"Na verdade, nem todo desmatamento é tão ruim. Por exemplo, o do Aeds Egipte seria um bom beneficácio para o Brasil" (Vamos trocar as fumaças pelas motos-serra)
“Vamos mostrar que somos semelhantemente iguais uns aos outros" (Com algumas diferenças básicas!!)
“... menos desmatamentos, mais florestas arborizadas." (Concordo! De florestas não arborizadas, basta o Saara!)
“... provocando assim o desolamento de grandes expecies raras." (Vocês não sabiam que os animais também têm depressão?)
"Nesta terra ensi plantando tudo dá." (Isto deve ser o português arcaico que Caminha escrevia...)
"Isso tudo é devido ao raios ultra-violentos que recebemos todo dia." (Meu Deus... Haja pára-raio!)
"Tudo isso colaborou com a estinção do micro-leão dourado." (Quem teria sido o fabricante? Compaq? Apple? IBM?)
"Imaginem a bandeira do Brasil. O azul representa o céu, o verde representa as matas, e o amarelo o ouro. O ouro já foi roubado e as matas estão quase se indo. No dia em que roubarem nosso céu, ficaremos sem bandeira." (Ainda bem que temos aquela faixinha onde está escrito "Ordem e Progresso".)
"Ultimamente não se fala em outro assunto anonser sobre o araras azuls que ficam sob voando as matas." (Talvez por terem complexo de urubus!)
"... são formados pelas bacias esferográficas." (Imaginem as bacias da BIC )
"Eu concordo em gênero e número igual." (Eu discordo!)
"Precisa-se começar uma reciclagem mental dos humanos, fazer uma verdadeira lavagem celebral em relação ao desmatamento, poluição e depredação de si próprio." (Concordo: depredação de si mesmo!)
"O serigueiro tira borracha das árvores, mas não nunca derrubam as seringas." (Estas podem ser derrubadas porque são descartáveis)
"Vamos deixar de sermos egoístas e pensarmos um pouco mais em nós mesmos." (Que maravilha!)
Referências: Revista Educação
Jornalista: Josué Machado
sábado, 11 de setembro de 2010
Calmaria
Hoje resolvi compartilhar com vocês duas criações minhas.
Trata-se do poema musicado "Calmaria" e o desenho abaixo. O poema é recente, mas o desenho já tem aí bem uns dez anos.
Espero que gostem.
Desejo a todos vocês um ótimo final de semana.
Abraço!

Sem vento não posso ir,
Nem quero ficar.
Como prosseguir,
Se p’ra velejar
A motricidade que o vento dá
É o que traz à vela, emoção;
É o que leva a nau a fluir pelo mar?
Minhas mãos não bastam
No exercício de remar.
Há tanta água, quanto solidão.
Será que em vão mil vagas enfrentei?
Serão meus dias como vãs respostas?
...(gaivotas pelo ar).
Na rude calmaria desse mar.
Na barca que se tem por coração.
Frederico Salvo
Arraste o controle acima do “play” para a direita para aumentar o volume.
violões e voz: Frederico Salvo
(gravação caseira)
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Um papo sobre música e futebol.

Hoje, antes mesmo do sol esquentar o asfalto, atravessei o viaduto Santa Tereza ouvindo Milton, o disco Minas, de 1975 e a faixa era Conversando no Bar, um clássico das Gerais. A sensação foi de muita nostalgia. Afinal, a música e a paisagem combinavam com as minhas memórias. Logo, lembrei-me desse espaço, quer dizer, desse ciberespaço reservado para as nossas conversas e lembranças. A nossa mesa de bar virtual, um pouco sem graça, afinal, faltam dois essenciais ingredientes: nós e a cerveja. Mas como diz a música: nada de novo existe neste planeta que não se fale aqui na mesa de bar, sempre vale trocar palavras quando a alma não é pequena.Abordado por esse sentimento nostálgico, pensei fazer uma breve viagem musical pelas minhas lembranças, memórias essas que têm muito a ver com a de vocês. Vasculhar os armários do tempo para recompor algumas músicas que marcaram a minha caminhada até a essa mesa virtual de bar. Discutir e relembrar com vocês os sons que marcaram a nossa juventude.É sempre muito bom conhecer de que barro somos feitos. Apesar de estar convencido de que somos o que fomos e o que não fomos. Chega de filosofia. Pensei em voltar no ano da música que ouvia. Lembrei-me que esse disco do Milton foi lançado em um ano que marcou muito as minhas canelas e os meus ouvidos: 1975, ano em que cheguei ao IAPI.
Naquela época me apaixonei definitivamente por música e futebol. Com os meus quatorze anos ainda sonhava em disputar a Copa do Mundo, coisas que, como vocês presenciaram, não aconteceu. Nas peladas que aconteciam todos os dias, as três da tarde, na quadra de frente à minha janela, no edifício Cinco, só tinha craque, e o meu futebol estava mais para série C do que para esquadra celeste. Nesse caso, me reservava assistir, jogar dupla no campinho de terra e ouvir muita música. Jogar bola e ouvir música requer muito treino. Acho que tenho me saído melhor na segunda opção. Fora das quadras, a melhor coisa a fazer era ouvir música na casa do meu primo Paulo, no edifício Dois. O Tio dele, o Luiz, era um grande colecionador e um exímio especialista do que existia de melhor na música naqueles tempos. Passava os dias a decorar todos os discos dos Beatles. Revolver e o Álbum Branco eram os mais disputados pela radiola, uma mistura de rádio AM e toca-discos. Era muito bacana, você podia ouvir os vinis sem precisar levantar para trocá-los. Outros LPs acompanhavam a disputa como All Thing Must Pass, o primeiro disco solo do George Harrinson, Sweet Lord era um verdadeiro mantra, lembro-me de ter ficado fascinado com a capa do disco. Ouvia também as músicas da década de sessenta do Bob Dylan, um cara que ainda é um liquidificador belíssimo de poesia e melodia. O primeiro disco dos Secos e Molhados, aquele com as cabeças cortadas sobre a mesa, para mim, até hoje, um dos grandes discos da música brasileira. Mas era na rádio Cultura, Ritmos da Noite, onde os meus ouvidos viviam verdadeiras descobertas sonoras. Além de Chico e Caetano, o disco ao vivo com os dois em Salvador é realmente uma prova da efervescência rítmica e poética que a MPB vivia naquela época, começavam a chegar aos meus neurônios os primeiros acordes do rock progressivo britânico do Genesis e do Pink Floyd com The dark side of the Moon, um disco fabuloso. Ficava impressionado com a capacidade daqueles caras produzirem som. Mas ficava perplexo e paralisado, também, ao ver a sinfônica celeste entrar em campo.
Perdoem-me os atleticanos, mas o time de 75 do Cruzeiro era uma máquina de compor sucessos: Raul, Nelinho, Morais, Darci Menezes e Vanderlei; Piazza, Zé Carlos e Eduardo; Roberto Batata, Palhinha e Joãozinho, sem falar do Jairzinho. Artistas de encherem os olhos dos mais distraídos passantes. Voltemos às músicas.
Acho que foram nesses dias idos que descobri o valor da poesia e da arte, a força que tem o coração nas escolhas de nossos caminhos. Se penso nos barros que me formaram, acho que um disco tem real importância para nossa história: Clube Da Esquina, lançado em 72 e que tem aqueles dois meninos na capa. Fantástico. Um disco que não dá para falar ou descrever simplesmente em uma discografia, é preciso contar as notas e as histórias de cada faixa. Mas isso fica para um outro papo, uma outra cerveja. Resta lembrar aqueles dias saudosos de 1975, que eu andava pelo campinho de terra carregando uma bola dente-de-leite em uma das mãos e uma coletânea de discos na outra. Meus cabelos começavam a crescer e os meus sonhos também. Ainda não tinha muitos amigos no IAPI, meus primos e alguns conhecidos no Cinco, como o Bolão e Jordão, colegas das primeiras horas e que depois seguiram os seus destinos. Mas começava a viver uma nova época, muitas novidades descortinavam diante dos meus olhos.Tem uma coisa que vocês não sabem, foi nesse ano que dois colegas do Honorina, fazendo referência aos meus dois grandes dentes, gritaram-me de um dos cantos da quadra: Esquilinho!!!. Acho que o apelido pegou. Bons tempos de 1975 guardados em lembranças. Tempos que traziam uma inocência poética, de sonhos que enchiam meus ouvidos e roxeavam as minhas canelas. Para findar um papo, que levaria grades e grades de uma boa cerveja, poesia. Um valioso e belo trecho de um poema de Álvaro de Campos (FP) que fala um pouco do que somos:
Quando fui, quando não fui, tudo isso sou.
Quando quis, quando não quis, tudo isso me forma.
Quando amei ou deixei de amar é a mesma saudade em mim.
Ouçam sempre músicas.
Um brinde a todos. A gente se vê. Aylton.