MORRO VELHO - Encontros

Esse blog tem o objetivo de trazer para os dias de hoje as vivências e recordações dos bons tempos do Grupo Morro Velho. Aqui, os ex-integrantes e todos os amigos daqueles inesquecíveis anos, poderão postar fotos, relatos, piadas e tudo que possa tornar vivas essas recordações. É um espaço que pretende também ser uma extensão dos nossos encontros. Um "Buteco virtual" onde poderemos exercitar nossa grande amizade.

AMIGOS INCRÍVEIS

PARA OUVIR AS CANÇÕES DO MORRO VELHO DESÇA ATÉ AO FINAL DA TELA.

(¯` · ._ ß܆€©Ø \/Î`®´†ÜŦ_ _. · ´¯)

domingo, 23 de outubro de 2011

Parabéns...Mano Véio!

Hoje, meu mano véio, parceiro da vida, Aylton, Esquilo, vulgo Bunitão, faz 50 anos... Que Deus lhe dê muita vida... Sempre!!! Um grande beijo!!! Por você, tomamos uns vinhos aqui em casa, dançamos, conversamos, lembramos de nossas histórias... Esta, entre tantas que ouvimos, vai em sua homenagem...



sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Quem curtiu, curtiu...

Se não curtiu, é a hora... Banda Paulistana, ano 1984, Candido Serra (guitarra), Nico Assunção (baixo), Roberto Sion (sax alto), Paulo Calasans( piano elétrico) e Carlinos Bala (bateria)...
Luzes da Noite ...

domingo, 10 de julho de 2011

LOUCO (poema musicado)




Haja visto que tudo o que norteia
E baliza a conduta dessa gente
Vai de encontro a essa chama que incendeia
O egoísmo que caminha sempre à frente.

Não que fosse assim desde o começo.
Pouco a pouco é que se vai forjando em brasa.
Nesse mundo em que tudo tem seu preço,
A inocência é enterrada em cova rasa.

Há quem, louco, nada contra a correnteza.
E essa chama monstruosa desafia,
Compensando força bruta com leveza.

Desce o elmo e incorpora fantasia,
Hostilidade paga com delicadeza
E transforma desamor em poesia.


Frederico Salvo

terça-feira, 28 de junho de 2011

Meu amigo (Kahlil Gibran)

Meu Amigo, não sou o que pareço. O que pareço é apenas uma vestimenta cuidadosamente tecida, que me protege de tuas perguntas e te protege da minha negligência.

Meu Amigo, o Eu em mim mora na casa do silêncio, e lá dentro permanecerá para sempre, despercebido, inalcançável.

Não queria que acreditasses no que digo nem confiasses no que faço – pois minhas palavras são teus próprios pensamentos em articulação e meus feitos, tuas próprias esperanças em ação.

Quando dizes: “O vento sopra do leste”, eu digo: “Sim, sopra mesmo do leste”, pois não queria que soubesses que minha mente não mora no vento, mas no mar.

Não podes compreender meus pensamentos, filhos do mar, nem eu gostaria que compreendesses. Gostaria de estar sozinho no mar.

Quando é dia contigo, meu Amigo, é noite comigo. Contudo, mesmo assim falo do meio-dia que dança sobre os montes e da sombra de púrpura que se insinua através do vale: porque não podes ouvir as canções de minhas trevas nem ver minhas asas batendo contra as estrelas – e eu prefiro que não ouças nem vejas. Gostaria de ficar a sós com a noite.

Quando ascendes a teu Céu, eu desço ao meu Inferno – mesmo então chamas-me através do abismo intransponível, “Meu Amigo, Meu Companheiro, Meu Camarada”, e eu te respondo: “Meu Amigo, Meu Companheiro, Meu Camarada” – porque não gostaria que visses meu Inferno. A chama queimaria teus olhos, e a fumaça encheria tuas narinas. E amo demais meu Inferno para querer que o visites. Prefiro ficar sozinho no Inferno.

Amas a Verdade, e a Beleza, e a Retidão. E eu, por tua causa, digo que é bom e decente amar essas coisas. Mas, no meu coração rio-me de teu amor. Mas não gostaria que visses meu riso. Gostaria de rir sozinho.

Meu Amigo, tu és bom e cauteloso e sábio. Tu és perfeito – e eu também, falo contigo sábia e cautelosamente. E, entretanto, sou louco. Porém mascaro minha loucura. Prefiro ser louco sozinho:

Meu Amigo, tu não és meu Amigo, mas como te farei compreender? Meu caminho não é o teu caminho. Contudo juntos marchamos, de mãos dadas.



(Excertos de “O Louco”)

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Sinto vergonha de mim

SINTO VERGONHA DE MIM

Sinto vergonha de mim…
por ter sido educador de parte desse povo,
por ter batalhado sempre pela justiça,
por compactuar com a honestidade,
por primar pela verdade
e por ver este povo já chamado varonil
enveredar pelo caminho da desonra.

Sinto vergonha de mim
por ter feito parte de uma era
que lutou pela democracia,
pela liberdade de ser
e ter que entregar aos meus filhos,
simples e abominavelmente,
a derrota das virtudes pelos vícios,
a ausência da sensatez
no julgamento da verdade,
a negligência com a família,
célula-mater da sociedade,
a demasiada preocupação
com o “eu” feliz a qualquer custo,
buscando a tal “felicidade”
em caminhos eivados de desrespeito
para com o seu próximo.

Tenho vergonha de mim
pela passividade em ouvir,
sem despejar meu verbo,
a tantas desculpas ditadas
pelo orgulho e vaidade,
a tanta falta de humildade
para reconhecer um erro cometido,
a tantos “floreios” para justificar
atos criminosos,
a tanta relutância
em esquecer a antiga posição
de sempre “contestar”,
voltar atrás
e mudar o futuro.

Tenho vergonha de mim
pois faço parte de um povo que não reconheço,
enveredando por caminhos
que não quero percorrer…

Tenho vergonha da minha impotência,
da minha falta de garra,
das minhas desilusões
e do meu cansaço.
Não tenho para onde ir
pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir meu Hino
e jamais usei a minha Bandeira
para enxugar o meu suor
ou enrolar meu corpo
na pecaminosa manifestação de nacionalidade.

Ao lado da vergonha de mim,
tenho tanta pena de ti,
povo brasileiro !

(Autoria real desconhecida)
***

” De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
a rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto “.

(Rui Barbosa)

quinta-feira, 26 de maio de 2011

SEU TRABALHO, SUA HONRA!

Uma brasileira e seus bancos... ESTA, SIM, É BELA!

Enquanto isso, outros com seus bancos, como "jamais se viu neste país", lucram... lucram... em recordes cada vez mais fáceis de serem batidos! E em troca, uma dívida interna enorme, em que apenas os juros pagos em um mês, para esses mesmos bancos, são maiores do que a verba anual destinada ao Bolsa Família... só pra ficar por aqui.

domingo, 10 de abril de 2011

O TEMPO NÃO FAZ HORA...!

Segue mais um vídeo... O Tempo Não Faz Hora!
Música de Fernando Magrão e Letra de Aylton Azevedo.

sexta-feira, 25 de março de 2011

COMO DÁ CERTO...

... QUANDO A COISA É BEM FEITA!!!

Aproveito e deixo aqui um abraço ao nosso mano véio, Aylton... entre profusão de virtudes, um grande profissional da comunicação!

Coral Young People's Chorus, de Nova York
Música "Whatever" - Oasis
Produção agência Santo - Buenos Aires



sábado, 19 de março de 2011

Soneto sobre a saudade (republicado)



Olá queridos amigos.

Especialmente volto a publicar por aqui o meu "Soneto sobre a saudade", dessa vez para prestar uma homenagem ao amigo e radialista Odair Silveira que faleceu essa semana. Odair elegeu alguns dos meus poemas para fazerem parte do seu programa. Não o conheci pessoalmente, mas deixo aqui a minha homenagem a esse amigo e também o meu desejo de sabê-lo em melhor lugar. Ressalto a grande interpretação que Odair deu a esse poema.

Música após o soneto: "Onde anda você" de Toquinho e Vinícius de Moraes, na voz de Altemar Dutra.



Quando você se vai a saudade aparece.
Implacável permeia minha existência.
E chego a pensar que é como se ela quisesse,
Por vontade própria, celebrar convivência.

Apressa-se em fazer, do meu peito, morada,
Compondo sorrateira a sua cantiga
Para fazer serenata de madrugada
E dragar, assim, minh’alma combalida.

Mas eu me aprumo e desfiro um golpe certeiro
Bem na fronte da saudade fria e malvada,
Encostando-lhe o sabre sobre a lapela.

E assim, estando em seu minuto derradeiro,
Sorri sabendo que eu não posso fazer nada,
Pois é seu rosto que está no rosto dela.



Frederico Salvo
*********************************************

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Tempos bons...


Pausa, ensaio do show do Maurílio Rocha, anos 80, um pedaço do Juninho, Maurílio, Laranja, eu (Magrão) e Jânio Daniel...




terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Estatuto do homem

Deixo hoje um poema do Thiago de Mello que dispensa qualquer tipo de apresentação.
Abração a todos!
Fred.


ESTATUTO DO HOMEM
(Ato Institucional Permanente)

A Carlos Heitor Cony

Artigo I

Fica decretado que agora vale a verdade.
agora vale a vida,
e de mãos dadas,
marcharemos todos pela vida verdadeira.


Artigo II Fica decretado que todos os dias da semana,
inclusive as terças-feiras mais cinzentas,
têm direito a converter-se em manhãs de domingo.


Artigo III

Fica decretado que, a partir deste instante,
haverá girassóis em todas as janelas,
que os girassóis terão direito
a abrir-se dentro da sombra;
e que as janelas devem permanecer, o dia inteiro,
abertas para o verde onde cresce a esperança.


Artigo IV

Fica decretado que o homem
não precisará nunca mais
duvidar do homem.
Que o homem confiará no homem
como a palmeira confia no vento,
como o vento confia no ar,
como o ar confia no campo azul do céu.

Parágrafo único:

O homem, confiará no homem
como um menino confia em outro menino.


Artigo V

Fica decretado que os homens
estão livres do jugo da mentira.
Nunca mais será preciso usar
a couraça do silêncio
nem a armadura de palavras.
O homem se sentará à mesa
com seu olhar limpo
porque a verdade passará a ser servida
antes da sobremesa.


Artigo VI

Fica estabelecida, durante dez séculos,
a prática sonhada pelo profeta Isaías,
e o lobo e o cordeiro pastarão juntos
e a comida de ambos terá o mesmo gosto de aurora.


Artigo VII
Por decreto irrevogável fica estabelecido
o reinado permanente da justiça e da claridade,
e a alegria será uma bandeira generosa
para sempre desfraldada na alma do povo.


Artigo VIII

Fica decretado que a maior dor
sempre foi e será sempre
não poder dar-se amor a quem se ama
e saber que é a água
que dá à planta o milagre da flor.


Artigo IX
Fica permitido que o pão de cada dia
tenha no homem o sinal de seu suor.
Mas que sobretudo tenha
sempre o quente sabor da ternura.


Artigo X
Fica permitido a qualquer pessoa,
qualquer hora da vida,
o uso do traje branco.


Artigo XI

Fica decretado, por definição,
que o homem é um animal que ama
e que por isso é belo,
muito mais belo que a estrela da manhã.


Artigo XII

Decreta-se que nada será obrigado
nem proibido,
tudo será permitido,
inclusive brincar com os rinocerontes
e caminhar pelas tardes
com uma imensa begônia na lapela.

Parágrafo único:

Só uma coisa fica proibida:
amar sem amor.


Artigo XIII

Fica decretado que o dinheiro
não poderá nunca mais comprar
o sol das manhãs vindouras.
Expulso do grande baú do medo,
o dinheiro se transformará em uma espada fraternal
para defender o direito de cantar
e a festa do dia que chegou.


Artigo Final.

Fica proibido o uso da palavra liberdade,
a qual será suprimida dos dicionários
e do pântano enganoso das bocas.
A partir deste instante
a liberdade será algo vivo e transparente
como um fogo ou um rio,
e a sua morada será sempre
o coração do homem.


Thiago de Mello
Santiago do Chile, abril de 1964

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Coração insano (poema musicado)

Bom domingo meus amigos!!!
Estou trazendo mais uma composição pra cá...
Dessa vez um samba-bossa: "Coração insano".
O poema é do meu parceirinho carioca Zé Silveira.
Espero que curtam.
Agradeço pela audição.
Abraço forte desse amigo aqui.






Parido.
Palavras
concebidas
puras,
numa nudez
tão pura.

Como
num corpo
que o rio rasga
e o mar beija
em marés...

Morrendo
e renascendo,
feito
a noite,
feito
o dia.

Insano! insano!

Não me importo
com as palavras,
tampouco com seus ruídos
se o que mais quero,
no fundo,
é matar o tédio.

Que eu seja
o poema
caído
aos teus pés
qual uma
canção.

Invejando
a poesia;
que me chega
com mestria

ao coração
Insano, insano.

Parido.
Palavras
concebidas
puras,
numa nudez
tão pura.

Como
num corpo
que o rio rasga
e o mar beija
em marés...

Morrendo
e renascendo,
feito
a noite,
feito
o dia.

Insano! insano!

Não me importo
com as palavras,
tampouco com seus ruídos
se o que mais quero,
no fundo,
é matar o tédio.

Que eu seja
o poema
caído
aos teus pés
qual uma
canção.

Invejando
a poesia;
que me chega
com mestria

ao coração
Insano, insano.
Insano, insano.



Música: Frederico Salvo
Letra: José Silveira

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Auto-retrato (poema musicado)



Extraído do soneto de mesmo nome de Júlio Saraiva
Música: Frederico Salvo


Olê, olê, olá, olê, olê...
Olê, olá...
Olê, olê, olá, olê, olê...

só por acumular erros antigos
já nem dou conta se a velhice é fato
ao longe avisto amadas e amigos
todos sorrindo no mesmo retrato

não temo a morte nem temo castigos
vou procurando manter-me sensato
planto maçãs onde nasciam figos
se ressuscito amanhã me mato

torto é meu andar como este soneto
pouco se me dá se é de pé-quebrado
a linha reta transformei em arco

não quero mais regras nem branco no preto
sou absoluto não troco de lado
navego só por conta do meu barco.

Olê, olê, olá, olê, olê...
Olê, olá...
Olê, olê, olá, olê, olê...

só por acumular erros antigos
já nem dou conta se a velhice é fato
ao longe avisto amadas e amigos
todos sorrindo no mesmo retrato

não temo a morte nem temo castigos
vou procurando manter-me sensato
planto maçãs onde nasciam figos
se ressuscito amanhã me mato

torto é meu andar como este soneto
pouco se me dá se é de pé-quebrado
a linha reta transformei em arco

não quero mais regras nem branco no preto
sou absoluto não troco de lado
navego só por conta do meu barco.

Olê, olê, olá, olê, olê...
Olê, olá...
Olê, olê, olá, olê, olê...

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Preferências (poema musicado)

Extraído do poema de mesmo nome de autoria de José Silveira.
Música: Frederico Salvo
************************

por causa de um osso
o homem vira cão.
se ambos
sem corda e caçamba
caírem num poço;
talvez roam o osso,
mas, por fim, soçobrarão.
enfim serão em duo
alvo de notícia póstuma
em letras miúdas,
na última edição
tão sem importância,
num canto qualquer
de qualquer folhetim.
É assim.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Sungha Jung

Oi pessoal!!!
Como é que vão as coisas?
Vim aqui pra dar uma notícia não muito boa. Acabei de quebrar o meu violão.
Isso mesmo. Desisti da coisa.
O motivo?
Dá uma olhadinha aí.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

QUEM SERÁ ESTE???...

Capadócios, estou de volta!
Durante minhas andanças por aquelas terras quentes da Bahia conheci esta musiquinha...
Fui ouvindo e imediatamente lembrando de alguém. Vejam, ouçam e digam de quem se trata... Eh,eh,eh... Olha o encontro aí, gente!!!





terça-feira, 4 de janeiro de 2011

O cacto e a rosa

Olá pessoal!!!
Em primeiro lugar gostaria de desejar um Ano Novo bacana pra todo mundo e também gostaria de saber se esse ano vão continuar os encontros. Tomara que sim.
Deixo também mais uma canção minha em parceria com o José Silveira. Canção extraída do poema dele de mesmo nome.
Abração a todos.

********************************************************************

que horror.
disse a rosa
ao cacto.
quanta anomalia;
espinhos,
frutos
e flores
neste agreste.

sim,
disse o cacto à rosa
sou diferente de ti
soberba,
beleza,
folhagem,
perfume,
matizes.
sou assim:
mau humor
desse jardim.

entendo
seu
horror...

entendo
seu
horror...

entendo
seu
horror
por ser assim...


Frederico Salvo e José Silveira