MORRO VELHO - Encontros

Esse blog tem o objetivo de trazer para os dias de hoje as vivências e recordações dos bons tempos do Grupo Morro Velho. Aqui, os ex-integrantes e todos os amigos daqueles inesquecíveis anos, poderão postar fotos, relatos, piadas e tudo que possa tornar vivas essas recordações. É um espaço que pretende também ser uma extensão dos nossos encontros. Um "Buteco virtual" onde poderemos exercitar nossa grande amizade.

AMIGOS INCRÍVEIS

PARA OUVIR AS CANÇÕES DO MORRO VELHO DESÇA ATÉ AO FINAL DA TELA.

(¯` · ._ ß܆€©Ø \/Î`®´†ÜŦ_ _. · ´¯)

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Fred em atividade, novamente... Grata visão!


Olha o Fred aí, novamente... Fazendo o que bem sabe fazer: Boa Música!
Desta vez, junto do músico e compositor Antônio Carlos Oliveira - Cacá, durante XII Festival de Música da Associação do Pessoal da Caixa Econômica Federal de Minas Gerais.
Valeu, Aster!




Fotos: Herbert Mitraud




domingo, 26 de setembro de 2010

Soneto sobre a saudade

Moçada!!!

Vai hoje meu "Soneto sobre a saudade", interpretado pelo radialista e amigo Odair Leite da Silveira. Odair é um leitor do meu blog e me presenteou com essa magnífica interpretação. Espero que gostem.
Desejo a todos vocês uma ótima semana.

Ahhh... e o encontro? Não vamos parar, não é?

Abraços!
Fred



Música após o soneto: "Onde anda você" de Toquinho e Vinícius de Moraes, na voz de Altemar Dutra.



Quando você se vai a saudade aparece.
Implacável permeia minha existência.
E chego a pensar que é como se ela quisesse,
Por vontade própria, celebrar convivência.

Apressa-se em fazer, do meu peito, morada,
Compondo sorrateira a sua cantiga
Para fazer serenata de madrugada
E dragar, assim, minh’alma combalida.

Mas eu me aprumo e desfiro um golpe certeiro
Bem na fronte da saudade fria e malvada,
Encostando-lhe o sabre sobre a lapela.

E assim, estando em seu minuto derradeiro,
Sorri sabendo que eu não posso fazer nada,
Pois é seu rosto que está no rosto dela.



Frederico Salvo

sábado, 18 de setembro de 2010

Pérolas do ENEM

Velhas NOVAS PÉROLAS DO EXAME DO ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio



Algumas frases escritas pelos alunos nas provas realizadas. O que está entre parênteses são os comentários dos professores.


"O sero mano tem uma missão...” (A minha, por exemplo, é ter que ler isso!)

“O Euninho já provocou secas e enchentes calamitosas..." (Levei uns minutos para identificar o El Niño...)

“O problema ainda é maior se tratando da camada Diozanio!" (Eu não sabia que a camada tinha esse nome bonito)

“A situação tende a piorar: o madereiros da Amazônia destroem a Mata Atlântica da região." (E,além de tudo, viajam pra caramba, hein?)

"O que é de interesse coletivo de todos nem sempre interessa a ninguém individualmente." (Entendeu?)

"Não preserve apenas o meio ambiente e sim todo ele." (Faz sentido)

"O grande problema do Rio Amazonas é a pesca dos peixes." (Achei que fosse a pesca dos pássaros.)

"É um problema de muita gravidez." (Com certeza... se seu pai usasse camisinha, não leríamos isso!)

"A AIDS é transmitida pelo mosquito AIDES EGIPSIO." (Sem comentário)

"Já está muito difícil de achar os pandas na Amazônia “(Que pena. Também ursos e elefantes sumiram de lá.)

eza brasileira tem 500 anos e já está quase se acabando" (Foi trazida nas caravelas, certo?)

"O cerumano no mesmo tempo que constrói, também destrói, pois nos temos que nos unir para realizarmos parcerias juntos.” (Não conte comigo)

"Na verdade, nem todo desmatamento é tão ruim. Por exemplo, o do Aeds Egipte seria um bom beneficácio para o Brasil" (Vamos trocar as fumaças pelas motos-serra)

“Vamos mostrar que somos semelhantemente iguais uns aos outros" (Com algumas diferenças básicas!!)

“... menos desmatamentos, mais florestas arborizadas." (Concordo! De florestas não arborizadas, basta o Saara!)

“... provocando assim o desolamento de grandes expecies raras." (Vocês não sabiam que os animais também têm depressão?)

"Nesta terra ensi plantando tudo dá." (Isto deve ser o português arcaico que Caminha escrevia...)

"Isso tudo é devido ao raios ultra-violentos que recebemos todo dia." (Meu Deus... Haja pára-raio!)

"Tudo isso colaborou com a estinção do micro-leão dourado." (Quem teria sido o fabricante? Compaq? Apple? IBM?)

"Imaginem a bandeira do Brasil. O azul representa o céu, o verde representa as matas, e o amarelo o ouro. O ouro já foi roubado e as matas estão quase se indo. No dia em que roubarem nosso céu, ficaremos sem bandeira." (Ainda bem que temos aquela faixinha onde está escrito "Ordem e Progresso".)


"Ultimamente não se fala em outro assunto anonser sobre o araras azuls que ficam sob voando as matas." (Talvez por terem complexo de urubus!)

"... são formados pelas bacias esferográficas." (Imaginem as bacias da BIC )

"Eu concordo em gênero e número igual." (Eu discordo!)

"Precisa-se começar uma reciclagem mental dos humanos, fazer uma verdadeira lavagem celebral em relação ao desmatamento, poluição e depredação de si próprio." (Concordo: depredação de si mesmo!)

"O serigueiro tira borracha das árvores, mas não nunca derrubam as seringas." (Estas podem ser derrubadas porque são descartáveis)

"Vamos deixar de sermos egoístas e pensarmos um pouco mais em nós mesmos." (Que maravilha!)







Referências: Revista Educação

Jornalista: Josué Machado

sábado, 11 de setembro de 2010

Calmaria

Olá, pessoal!!!

Hoje resolvi compartilhar com vocês duas criações minhas.
Trata-se do poema musicado "Calmaria" e o desenho abaixo. O poema é recente, mas o desenho já tem aí bem uns dez anos.
Espero que gostem.
Desejo a todos vocês um ótimo final de semana.

Abraço!



Sem vento não posso ir,
Nem quero ficar.
Como prosseguir,
Se p’ra velejar
A motricidade que o vento dá
É o que traz à vela, emoção;
É o que leva a nau a fluir pelo mar?
Minhas mãos não bastam
No exercício de remar.
Há tanta água, quanto solidão.
Será que em vão mil vagas enfrentei?
Serão meus dias como vãs respostas?
...(gaivotas pelo ar).
Na rude calmaria desse mar.
Na barca que se tem por coração.


Frederico Salvo

Arraste o controle acima do “play” para a direita para aumentar o volume.



violões e voz: Frederico Salvo
(gravação caseira)

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Um papo sobre música e futebol.


Hoje, antes mesmo do sol esquentar o asfalto, atravessei o viaduto Santa Tereza ouvindo Milton, o disco Minas, de 1975 e a faixa era Conversando no Bar, um clássico das Gerais. A sensação foi de muita nostalgia. Afinal, a música e a paisagem combinavam com as minhas memórias. Logo, lembrei-me desse espaço, quer dizer, desse ciberespaço reservado para as nossas conversas e lembranças. A nossa mesa de bar virtual, um pouco sem graça, afinal, faltam dois essenciais ingredientes: nós e a cerveja. Mas como diz a música: nada de novo existe neste planeta que não se fale aqui na mesa de bar, sempre vale trocar palavras quando a alma não é pequena.Abordado por esse sentimento nostálgico, pensei fazer uma breve viagem musical pelas minhas lembranças, memórias essas que têm muito a ver com a de vocês. Vasculhar os armários do tempo para recompor algumas músicas que marcaram a minha caminhada até a essa mesa virtual de bar. Discutir e relembrar com vocês os sons que marcaram a nossa juventude.É sempre muito bom conhecer de que barro somos feitos. Apesar de estar convencido de que somos o que fomos e o que não fomos. Chega de filosofia. Pensei em voltar no ano da música que ouvia. Lembrei-me que esse disco do Milton foi lançado em um ano que marcou muito as minhas canelas e os meus ouvidos: 1975, ano em que cheguei ao IAPI.

Naquela época me apaixonei definitivamente por música e futebol. Com os meus quatorze anos ainda sonhava em disputar a Copa do Mundo, coisas que, como vocês presenciaram, não aconteceu. Nas peladas que aconteciam todos os dias, as três da tarde, na quadra de frente à minha janela, no edifício Cinco, só tinha craque, e o meu futebol estava mais para série C do que para esquadra celeste. Nesse caso, me reservava assistir, jogar dupla no campinho de terra e ouvir muita música. Jogar bola e ouvir música requer muito treino. Acho que tenho me saído melhor na segunda opção. Fora das quadras, a melhor coisa a fazer era ouvir música na casa do meu primo Paulo, no edifício Dois. O Tio dele, o Luiz, era um grande colecionador e um exímio especialista do que existia de melhor na música naqueles tempos. Passava os dias a decorar todos os discos dos Beatles. Revolver e o Álbum Branco eram os mais disputados pela radiola, uma mistura de rádio AM e toca-discos. Era muito bacana, você podia ouvir os vinis sem precisar levantar para trocá-los. Outros LPs acompanhavam a disputa como All Thing Must Pass, o primeiro disco solo do George Harrinson, Sweet Lord era um verdadeiro mantra, lembro-me de ter ficado fascinado com a capa do disco. Ouvia também as músicas da década de sessenta do Bob Dylan, um cara que ainda é um liquidificador belíssimo de poesia e melodia. O primeiro disco dos Secos e Molhados, aquele com as cabeças cortadas sobre a mesa, para mim, até hoje, um dos grandes discos da música brasileira. Mas era na rádio Cultura, Ritmos da Noite, onde os meus ouvidos viviam verdadeiras descobertas sonoras. Além de Chico e Caetano, o disco ao vivo com os dois em Salvador é realmente uma prova da efervescência rítmica e poética que a MPB vivia naquela época, começavam a chegar aos meus neurônios os primeiros acordes do rock progressivo britânico do Genesis e do Pink Floyd com The dark side of the Moon, um disco fabuloso. Ficava impressionado com a capacidade daqueles caras produzirem som. Mas ficava perplexo e paralisado, também, ao ver a sinfônica celeste entrar em campo.

Perdoem-me os atleticanos, mas o time de 75 do Cruzeiro era uma máquina de compor sucessos: Raul, Nelinho, Morais, Darci Menezes e Vanderlei; Piazza, Zé Carlos e Eduardo; Roberto Batata, Palhinha e Joãozinho, sem falar do Jairzinho. Artistas de encherem os olhos dos mais distraídos passantes. Voltemos às músicas.

Acho que foram nesses dias idos que descobri o valor da poesia e da arte, a força que tem o coração nas escolhas de nossos caminhos. Se penso nos barros que me formaram, acho que um disco tem real importância para nossa história: Clube Da Esquina, lançado em 72 e que tem aqueles dois meninos na capa. Fantástico. Um disco que não dá para falar ou descrever simplesmente em uma discografia, é preciso contar as notas e as histórias de cada faixa. Mas isso fica para um outro papo, uma outra cerveja. Resta lembrar aqueles dias saudosos de 1975, que eu andava pelo campinho de terra carregando uma bola dente-de-leite em uma das mãos e uma coletânea de discos na outra. Meus cabelos começavam a crescer e os meus sonhos também. Ainda não tinha muitos amigos no IAPI, meus primos e alguns conhecidos no Cinco, como o Bolão e Jordão, colegas das primeiras horas e que depois seguiram os seus destinos. Mas começava a viver uma nova época, muitas novidades descortinavam diante dos meus olhos.Tem uma coisa que vocês não sabem, foi nesse ano que dois colegas do Honorina, fazendo referência aos meus dois grandes dentes, gritaram-me de um dos cantos da quadra: Esquilinho!!!. Acho que o apelido pegou. Bons tempos de 1975 guardados em lembranças. Tempos que traziam uma inocência poética, de sonhos que enchiam meus ouvidos e roxeavam as minhas canelas. Para findar um papo, que levaria grades e grades de uma boa cerveja, poesia. Um valioso e belo trecho de um poema de Álvaro de Campos (FP) que fala um pouco do que somos:

Quando fui, quando não fui, tudo isso sou.

Quando quis, quando não quis, tudo isso me forma.

Quando amei ou deixei de amar é a mesma saudade em mim.

Ouçam sempre músicas.

Um brinde a todos. A gente se vê. Aylton.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Música "Toque" - NUONS

Prezados, segue um vídeo da música Toque, de autoria de Paulo Setúbal (Laranja), gravada pelo NUONS.

O NUONS foi um projeto musical criado por integrantes do Morro Velho (Aylton Azevedo, Fred Salvo e Fernando Magrão), juntamente com o músico Laranja, no período de 2004 a 2006.

Esta música foi gravada no Estúdio LP, do músico e amigo Luiz Peixoto, em julho de 2005.
Participação especial: Thiago Peixoto, baterista.